acorda meu amor, acorda
o pôr do sol está cada vez mais perto de com
sua luz nos iluminar
só a ti e a mim
nesta passagem
que pode ser a mais bela de todas
a nossa
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
olimpo
ficou para traz a tinta esta que me expreme
me faz correr em solo lunar, quiçá
neste momento que sobra nos reduzimos á grande fotografia
lateja esta gota constante a do pensamento
mas para onde irá?
o olimpo está cheio de gente
sentes?
me faz correr em solo lunar, quiçá
neste momento que sobra nos reduzimos á grande fotografia
lateja esta gota constante a do pensamento
mas para onde irá?
o olimpo está cheio de gente
sentes?
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
David e Golias
Omitimos a batalha mais antiga da humanidade cada vez que damos um passo ou nos olhamos ao espelho
tentar ignorar?
para quê se a temos bem no nosso interior
David e Golias
O vencedor está na base da essência de cada um e não na razão ou bom senso
porque uma ou outra não existem sem a pacificação da mesma
nesta indecisão de entre uma ou outra rumamos para além das hipoteses de chegar a algum porto
resta-nos saber quem sai vencedor
tentar ignorar?
para quê se a temos bem no nosso interior
David e Golias
O vencedor está na base da essência de cada um e não na razão ou bom senso
porque uma ou outra não existem sem a pacificação da mesma
nesta indecisão de entre uma ou outra rumamos para além das hipoteses de chegar a algum porto
resta-nos saber quem sai vencedor
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
lua
mistificado o teu olhar
irrompes pelo breu da noite
és companhia de poetas e sonhadores
mostra-me onde consigo chegar
invejo a tua dança por entre os deuses
não pela dança
mas pelo olhar
lua minha
irrompes pelo breu da noite
és companhia de poetas e sonhadores
mostra-me onde consigo chegar
invejo a tua dança por entre os deuses
não pela dança
mas pelo olhar
lua minha
terça-feira, 24 de novembro de 2009
o sono dos deuses
irónicos deuses fazem a promessa de dormir mais um tempo
despédes-te da folha em branco como coyotes rasgam a serena noite no seu tortuoso alarido
descobrir caminhos, enfrentar gigantes que procuram em prados verdes como morrer de fome
para quê?
para que na dimensão da praia esta de néscios e betão,
avancem para a grande queda
despédes-te da folha em branco como coyotes rasgam a serena noite no seu tortuoso alarido
descobrir caminhos, enfrentar gigantes que procuram em prados verdes como morrer de fome
para quê?
para que na dimensão da praia esta de néscios e betão,
avancem para a grande queda
uma sombra
amazonas minha, cavalga para além do horizonte que se afixa
onde num ar de loucura esperamos encontrar o desejo que há em nós
fogo este que sai de meu peito e nos eleva mais alto para que dancemos com a branca lua
olharmo-nos nos olhos, deixar fluir o que nos completa em carícias e actos de amor
o que nos faz viver e olhar de maneira diferente
perfeita simbiose quando estamos juntos
porque sem tal, meu amor
meus olhos secariam como flor em outono
onde num ar de loucura esperamos encontrar o desejo que há em nós
fogo este que sai de meu peito e nos eleva mais alto para que dancemos com a branca lua
olharmo-nos nos olhos, deixar fluir o que nos completa em carícias e actos de amor
o que nos faz viver e olhar de maneira diferente
perfeita simbiose quando estamos juntos
porque sem tal, meu amor
meus olhos secariam como flor em outono
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
o caminho
uma espécie de déjà vu dá-te a pista a tomar perante o erro que se tornou caminho
abres as janelas do palácio dos sonhos
bates o copo
lavas as feridas
levantas o olhar para seguir viagem
abres as janelas do palácio dos sonhos
bates o copo
lavas as feridas
levantas o olhar para seguir viagem
domingo, 22 de novembro de 2009
nenhures
labaredas te preenchem os olhos num chão dividido entre o soberbo deslizar de corpos e um aveludado sabor a vinho morto algures onde entrou para o descanso eterno
somos navegantes de barco sem proa á procura da verdade que vagueia a sos no abstracto de um sonho
sem direção o silencio é quebrado por um grito ébrio que nos alerta da próxima missão
ao enfrentar lados opostos esperas encontrar no meio de tanta difrença algo que no fim te seja igual
somos navegantes de barco sem proa á procura da verdade que vagueia a sos no abstracto de um sonho
sem direção o silencio é quebrado por um grito ébrio que nos alerta da próxima missão
ao enfrentar lados opostos esperas encontrar no meio de tanta difrença algo que no fim te seja igual
sábado, 21 de novembro de 2009
galgos
mar de controvérsias na fragil aurora em seu alvitro
portas que esperam pelos que fôram no triple
suicidio de um povo
talvez nos encontremos lá um dia
á partida os olhos estão a postos, avancem os galgos
portas que esperam pelos que fôram no triple
suicidio de um povo
talvez nos encontremos lá um dia
á partida os olhos estão a postos, avancem os galgos
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
naufrágio
o telão da noite cai sobre o dia, onde pequenos duendes se sentam a meu lado e me recordam a lenta e batida ilusão que acaba por nos cegar
durmo acordado para não faltar a outra viagem
viagemos para além de um corredor sem porta de saída
mudemo-nos para onde ninguem fala ou age, apenas se completa
um gesto, um beijo, uma aparição
vamos naufragar
apareces?
durmo acordado para não faltar a outra viagem
viagemos para além de um corredor sem porta de saída
mudemo-nos para onde ninguem fala ou age, apenas se completa
um gesto, um beijo, uma aparição
vamos naufragar
apareces?
ideias
ideias queimam-se na mostra da impaciência
patosas luxurias enchem os olhos a quem não vê mais que a mudança do tempo
quiçá a longa espera nos livre da preocupação
seremos capazes de mastigar o conhecimento de boca fechada
patosas luxurias enchem os olhos a quem não vê mais que a mudança do tempo
quiçá a longa espera nos livre da preocupação
seremos capazes de mastigar o conhecimento de boca fechada
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
lua
nós geração do pensamento lapidado pela arrogância
acomodados á fogueira ateada nas nossas cabeças
a bagagem está pronta, o rumo marcado
a lua liberta-se de seu manto e pensa se tirar-nos a alma ou mostrar o caminho
acomodados á fogueira ateada nas nossas cabeças
a bagagem está pronta, o rumo marcado
a lua liberta-se de seu manto e pensa se tirar-nos a alma ou mostrar o caminho
o rei
principios sem fim fazem de uma porta a marca que diferencía o murmurio do silencio
atenua-se a luz da vela prometida ao título imposto pela devastadora máquina de dois braços
na ironica face acomodada de um lugar vago, apenas a lei da gravidade atrás dos fossos do real nos mantém agarrados á terra mãe
na mudança absoluta do ritmo passado vês como te arrependes de ter medo do destino que nos espera
nesta cadência ouvimos as sirenes que anunciam ao fundo do vale a chegada do homem que engoliu o rei
uma vénia por favor!
atenua-se a luz da vela prometida ao título imposto pela devastadora máquina de dois braços
na ironica face acomodada de um lugar vago, apenas a lei da gravidade atrás dos fossos do real nos mantém agarrados á terra mãe
na mudança absoluta do ritmo passado vês como te arrependes de ter medo do destino que nos espera
nesta cadência ouvimos as sirenes que anunciam ao fundo do vale a chegada do homem que engoliu o rei
uma vénia por favor!
pequeno
de três mães, maços ou antiguidades
por qual me rijo
nas pupilas de algo mais que um naperon
vejo meu reflexo de reflexos
o imo não importa, apenas se reflecte
tripartido me desloco
para onde?
para mim
de olhos desbocados, deslocados e intoados
favorecer hilariante num momento de pequeno
cópias agnosticas prometem que de algum modo tería...
...tería o nosso significado para além do paraíso
por qual me rijo
nas pupilas de algo mais que um naperon
vejo meu reflexo de reflexos
o imo não importa, apenas se reflecte
tripartido me desloco
para onde?
para mim
de olhos desbocados, deslocados e intoados
favorecer hilariante num momento de pequeno
cópias agnosticas prometem que de algum modo tería...
...tería o nosso significado para além do paraíso
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
cegueira
descalços os percalços
cegos e mudos em movimento
seremos assim?
o triste fado mostra o caminho
econtramo-nos?
espero que não
cegos e mudos em movimento
seremos assim?
o triste fado mostra o caminho
econtramo-nos?
espero que não
marcas
insalubre olhar
a felicidade continua
e a dor, ha tambem a dor
freiras e palhaços de mãos dadas
saltam e cantarolam o fim
quiçá o estranho de nós marca o caminho
vês as marcas no chão?
a felicidade continua
e a dor, ha tambem a dor
freiras e palhaços de mãos dadas
saltam e cantarolam o fim
quiçá o estranho de nós marca o caminho
vês as marcas no chão?
terça-feira, 17 de novembro de 2009
o primeiro
Putas, Padres
qual a diferença
todos absolvem
e ninguem pergunta
peças teatrais
oculos, monoculos
para ver o quê
um raio
a ténue nuvem que vai no teu sobrolho
o grunhir como porcos
para onde vamos
não sei
qual a diferença
todos absolvem
e ninguem pergunta
peças teatrais
oculos, monoculos
para ver o quê
um raio
a ténue nuvem que vai no teu sobrolho
o grunhir como porcos
para onde vamos
não sei
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